Único representante da Série B entre os quatro melhores clubes da Copa do Nordeste, o Vitória é praticamente um intruso e tratado como azarão nas semifinais que vão acontecer neste sábado, 24. Diante do Rubro-Negro vai estar o Ceará, atual campeão e um dos melhores time da região. Eles se enfrentam em um jogo único eliminatório, na Arena Castelão, a partir das 16h. Quem vencer fica com a vaga na final. Em caso de empate, a classificação passa a ser decidida nos pênaltis. Acostumado a torcer pelo Leão, mascote do time, neste sábado os rubro-negros não vão achar ruim se der zebra no Nordestão.

Além da divisão que os clubes ocupam no cenário nacional, e do fator mando de campo, o retrospecto recente entre as equipes é mais um ponto que faz o Vitória passar de leão a zebra. A última vez que o Rubro-Negro venceu o Vozão foi em 2018. De lá para cá, foram seis jogos, com cinco triunfos cearenses e um empate.

Para piorar a situação, o Ceará ainda foi algoz do Vitória nos últimos cinco encontros de mata-mata entre eles. Os dois últimos aconteceram no ano passado, pelas quartas de final da Copa do Nordeste e na terceira fase da Copa do Brasil.

Apesar de não ser o favorito no desafio deste sábado, vale lembrar que é o Leão quem usa a coroa de maior vencedor do Nordestão, com quatro troféus. Essa é a décima aparição do time em uma semifinal regional, enquanto o Vozão assina sua sétima participação nessa etapa do torneio, com dois títulos conquistados.

É verdade que a história não entra em campo, mas também não dá para negar que ela ajudou a recolocar o Rubro-Negro entre os principais times da região. Depois de alguns anos com eliminações precoces, o clube buscou no passado a receita para voltar a figurar como protagonista no Nordestão, e assim como em tempos de glória, apostou na divisão de base.

Os jogadores com selo ‘Made in Barradão’, inclusive, mostraram aptidão para confrontos eliminatórios, como é o caso da partida deste sábado. O Vitória venceu os três jogos que disputou com essa característica na temporada, e dos cinco gols marcados nessas partidas, quatro vieram da Fábrica de Talentos, como ficou conhecida a base rubro-negra nos anos 1990.

David marcou no 1 a 0 contra o Águia Negra-MS, pela Copa do Brasil. O camisa 7 também balançou as redes do Rio Branco-ES, no 2 a 0 válido pela segunda fase do mata-mata nacional. Já nas quartas de final do Nordestão, Samuel e Eduardo fizeram os gols que eliminaram o Altos-PI.

Além deles, Ronaldo, Pedrinho, Cedric e até o veterano, mas também fruto da base, Wallace, podem decidir o jogo em favor do Rubro-Negro. Isso sem contar com os nomes que não são crias do clube, é claro.

No fim das contas, serão 90 minutos, e uma possível disputa de pênaltis, que podem fazer leão e zebra serem sinônimos de classificação rubro-negra para a final da Copa do Nordeste.

Problemas

Rodrigo Chagas tem dois desfalques certos, e algumas outras dúvidas para a partida deste sábado, contra o Ceará. As ausências confirmadas são de Gabriel Bispo, que cumpre suspensão automática pelo acúmulo de cartões amarelos, e Marcelo Alves, que na sexta-feira, 23, foi submetido a uma cirurgia no joelho esquerdo. A previsão é que o zagueiro retorne ao time em duas semanas.

O provável substituto de Marcelo Alves é João Victor, defensor já acostumado a atuar ao lado de Wallace Reis. No meio de campo, a tendência é que João Pedro fique com a vaga de Gabriel Bispo. Maykon Douglas, que já exerceu a função em outros jogos, corre por fora nessa disputa.

Já as dúvidas dizem respeito a Pedrinho, Cedric e Alisson Farias. O trio não entrou em campo no meio de semana e vai depender de uma nova avaliação do departamento médico horas antes de a bola rolar para saber se vão ter ou não condição de jogo.

Carrasco

O Ceará chega em alta para a semifinal da Copa do Nordeste. O time alinha um bom momento em termos de desempenho, com atuações convincentes, e também resultado, já que são cinco triunfos nas últimas cinco partidas disputadas pelo clube.

O Alvinegro conta também com o meia Vinícius, carrasco do Vitória nos últimos anos. Além de protagonizar confusões em jogos no Barradão, o meio-campista pegou gosto por balançar as redes rubro-negas. São cinco gols na conta dele em oito jogos contra o Leão desde 2017.

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