O Carnaval de Salvador já tem o seu rei. Pelo segundo ano consecutivo, o escolhido para assumir o posto de majestade da folia momesca foi novamente o publicitário Alan Cerqueira Nery, de 37 anos.

A coroação do Rei Momo ocorreu na noite deste sábado, 27, no Clube Fantoches da Euterpe, no bairro Dois de Julho. O empresário Devison Andrade Mascarenhas, 51, e o especialista em segurança Aderbal Rodrigues D’Almeida Neto, 44, foram escolhidos os guardiões.

Em entrevista ao Grupo A TARDE, o rei Alan celebrou a coroa, que é dele pela quarta vez, e prometeu um reinado de muita animação. “Estou muito feliz. A quarta vez eleito Rei Momo do maior Carnaval do planeta. É um trabalho árduo, difícil, de estudo e dedicação. Dedico à minha família, aos meus amigos que vieram em peso para a gente conseguir levar esse título novamente”.

Alan também destacou a importância do tema do carnaval, que neste ano, celebra o legado dos blocos afro da Bahia.

“Esse ano, como a gente sabe, estão sendo homenagem aos blocos afro e com certeza, será um ano de comemoração e com muita mudança e muita novidade. Os blocos afro fazem parte da história do Carnaval da Bahia e eu estarei lá junto com todo mundo homenageando os 50 anos deles”.

Ao todo, oito candidatos disputaram o trono. O evento, realizado pela Federação das Entidades Carnavalescas e Culturais da Bahia, neste ano, homenageou Reginaldo do Carnaval, coordenador do concurso, que desde 1985 tem se dedicado à folia momesca e à cultura de Salvador.

Presidente do grupo, Jairo da Mata afirmou que a estrutura atual do carnaval, com mais opções sem cordas, tem prejudicado entidades carnavalescas, sobretudo, os blocos, que vêm diminuindo ano após ano.

“Os altos custos da festa, sobretudo a contratação de artistas, trios elétricos, cordeiros, que impactam muito no custo final, tem sido um desafio permanente. Nós estamos a cada ano perdendo blocos por conta desse desafio acerca dos custos elevadíssimos. E hoje estamos disputando com o folião pipoca”.

Ele pediu que o poder público olhe com mais carinho para os blocos. “Nosso Carnaval é um carnaval que tem uma cultura própria, que é formado por entidades, blocos carnavalescos, e por foliões e pipocas. É preciso que haja um equilíbrio, e da maneira que está sendo feito, está eliminando o contexto dos blocos carnavalescos”.

 

Informações A Tarde

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.