O presidente reeleito afirmou que poucos dias antes da morte de Navalny, ele faria parte de uma troca de prisioneiros enviados para países ocidentais. “Me disseram que havia uma ideia de trocar o senhor Navalny por algumas pessoas que estão presas em países ocidentais. Você pode acreditar em mim, ou não, a pessoa que falou comigo ainda não tinha terminado a frase, mas eu disse que concordava: ‘Vamos mudá-lo para que ele não volte”, alegou.

Os únicos concorrentes de Vladimir Putin foram Nikolai Kharitonov, do Partido Comunista; Leonid Slutsky, do Partido Liberal Democrata e Vladistav Davankov, do Novo Partido Popular, todos autorizados pelo próprio presidente por serem “amigáveis” ao Kremlin.

Putin, que governa a Rússia há 24 anos, com a nova vitória permanecerá no poder por mais cinco anos, até 2030.

Oposição reprimida

O pleito ocorre em meio à forte repressão de opositores. O principal líder da oposição russa, Alexei Navalny, morreu no dia 16 de fevereiro de forma repentina em uma prisão do país no Ártico, onde cumpria 19 anos de pena por “extremismo político”. Navalny tentou concorrer contra Putin em 2018, mas não teve a candidatura validada.

Outro opositor de Putin, Boris Nadezhdin teve a candidatura proibida pela Comissão Eleitoral Central e pelo Supremo Tribunal da Rússia por supostas irregularidades processuais. Boris tem feito duras críticas à guerra na Ucrânia.

Além de Nadezhdin, cerca de outros 30 candidatos tiveram a candidatura rejeitada pelas autoridades eleitorais.

A viúva de Alexei Navalny, Yulia Navalnaya, desde a morte de seu marido, tem se colocado com uma forte voz da oposição, realizando apelo a todos os russos para que votem em qualquer nome que não seja Putin ou para que escrevam Navalny em letras grandes no voto. “Você pode estragar a cédula”, disse Yulia Navalnaya.

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