Em sua estreia na Copa do Mundo Feminina da FIFA Austrália e Nova Zelândia 2023, a seleção brasileira não deu chances para a adversária: aplicou uma goleada de 4 a 0 sobre as selecionadas do Panamá.

Com boa presença em campo, meio-campista  Ary Borges marcou seu hat-trick e Bia Zaneratto contribuiu na construção do escore.

O primeiro gol saiu após um cruzamento perfeito de Debinha, que parece ter calculado a trajetória da bola em uma receita de segundo para encontrar Ary, desmarcada e pronta, para abrir o placar.

 

A Seleção Brasileira ampliou a vantagem mais de 20 minutos depois, quando Tamires cruzou pela esquerda e achou de novo a autora do primeiro gol. A goleira Bailey até defendeu a primeira tentativa, mas cedeu rebote justo para a dona da noite, Ary, que não a perdoou.

Faltava um gol com cara de Brasil. No segundo tempo, de pé em pé, a bola circulou de Tamires para Debinha, que tabelou com Adriana e apertou para Ary Borges. A meio-campista estava na cara do gol e poderia ter finalizado, mas foi generosa e tocou de botões para Bia Zaneratto marcar.

Porém, o hat-trick da estreante ainda estava por vir. Geyse, que havia acabado de entrar, ergueu a cabeça e fez o levantamento para a área; a bola caprichosamente foi parar na cabeça de Ary, que tocou por baixo das pernas da goleira Bailey e ampliou. A evidência com o símbolo de 3 na mão coroou a grande atuação de quem já está na briga pela Chuteira de Ouro da Copa do Mundo .

Sem dúvida, foi um jogo de muitas emoções para a equipe do Brasil, começando pelo choro de Adriana durante o hino – ela finalmente estreou no torneio após ser cortada por lesão em 2019 – e terminando com a majestade Marta.

A rainha começou no banco e dali mesmo passou a incentivar a nova geração, sem vaidade. A camisa 10 entrou em campo só aos 35 do segundo tempo, no lugar de Ary, para se tornar a quarta jogadora da história com seis edições de Copa do Mundo no currículo pessoal (a recordista ainda é a brasileira Formiga, com sete).

Aos 23 anos, Ary Borges se tornou a primeira jogadora brasileira desde Marta (2003) a estrear na Copa do Mundo com gol e a única, até hoje, a estrear com três gols.

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