O prefeito Brunto Reis classificou afirmou nesta quarta-feira (13) que os comentários do governador Rui Costa sobre o transporte coletivo de Salvador demonstram ‘desconhecimento e má fé’. Na terça-feira (12), durante o programa de lives Papo Correria, o chefe do executivo estadual afirmou que “o sistema de transporte foi quebrado” por má gestão municipal. Rui também questionou as cobranças da prefeitura de valores que trazem dificuldades financeiras às empresas concenssionárias.

“A outorga paga pelas concessionárias representa apenas 1% do valor do contrato”, rebateu o gestor municipal. “Então, não há qualquer objetivo de arrecadar. E, a partir de um determinado momento, nós mandamos para a Câmara um projeto que isentou parcelas da outorga, o que ajudou a abater o valor da tarifa para a população”, disse Bruno Reis. Segundo o gestor municipal, o governador baiano “foi praticamente o único a não dar isenção ou redução do ICMS sobre o diesel para o transporte”.

De acordo com o prefeito, um dos problemas do financiamento da atividade é a partição dos recursos da passagem com o metrô, que é gerido por uma PPP conduzida pelo estado. “O governo insiste em manter um desequilíbrio na distribuição da tarifa de integração, em que 61% fica com o metrô, sendo que mais de 90% dos passageiros do metrô chegam por meio dos ônibus”. argumentou.

Ainda na resposta a Rui, Bruno Reis ressaltou que, no sistema de transporte da capital, a principal reclamação apontada em uma pesquisa qualitativa anual feita pelos concessionários foi a situação da segurança. “Em primeiríssimo lugar com as respostas ruim e péssimo está a segurança. E não só dentro do ônibus, mas também no caminho de ida para o ponto e na espera do transporte. O governador, ao invés de ficar soltando bravata, deveria se preocupar em resolver esse problema da insegurança”, retrucou.

Bruno Reis também destacou o transporte metropolitano, sob responsabilidade estadual. “Os ônibus metropolitanos, sim, estão sucateados. Nós seguimos renovando a frota de Salvador, com mais 170 veículos com ar condicionado este ano. Agora, no metropolitano, é uma situação vergonhosa. Várias empresas já quebraram e, durante 16 anos de governos do PT, eles não fizeram licitação. É um sistema que funciona na base do armengue”, criticou.

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