As ofensas e acusções do pastor bolsonarista Silas Malafaia contra o governador Rui Costa (PT) devem terminar na Justiça. Isso porque, segundo o site Bahia.ba, o gestor baiano entrou com uma ação.

Segundo a publicação, Rui processa Malafaia por calúnia, difamação e injúria, pedindo uma indenização de R$ 500 mil ao pastor, próximo ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Em um vídeo publicado nas redes sociais, em 2020, Silas fazia uma série de ataques ao governo, se referindo a ele como “cretino” (veja aqui). O motivo seria a exoneração da médica Raissa Soares, hoje figura conhecida entre a direita conservadora baiana, que defendia o tratamento precoce contra a Covid, até hoje sem comprovação científica.

“Esse cretino, o governador da Bahia, do PT, demitiu a médica Raissa Soares. […] Essa mulher tem construído um protocolo que tem salvado a vida de milhares de pessoas no sul da Bahia. E por que ela pediu a ajuda do presidente em medicamentos, ele demitiu a mulher. Coisa de cretino. Me processa, seu cretino. Eu vou fazer aqui as denúncias”, disse no vídeo.

Na ação, a defesa de Rui explica que a saída de Raissa da unidade de saúde não teve interferência do governador, como dito por Malafaia, e sim por causa de outros compromissos profissionais. Já sobre o valor pedido (R$ 500 mil), a defesa alega que é o equivalente a o,07% do patrimônio de 150 milhões de dólares do pastor.

“A médica mencionada pelo acionado trabalhava no Hospital Regional Deputado Luís Eduardo Magalhães (HRDLEM), localizado em Porto Seguro e, em verdade, não foi demitida por determinação do Autor, assim como publicamente sustentado pelo acionado. A própria médica e a direção do hospital confirmaram que a saída se deu porque a Sra. Raissa Soares não estava conseguindo cumprir os plantões na instituição por possuir outros compromissos profissionais, e não por determinação do Governador da Bahia, então Autor. Neste sentido, perpetrar este tipo de insinuação, no contexto de calamidade pública vivenciada em todo o país atualmente, revela estritamente a má-fé empregada pelo acionado, que nitidamente possui interesse exclusivamente político e calunioso”, diz um trecho da ação.

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