A mãe de santo que foi xingada em áudios vazados do presidente da Fundação Cultural Palmares, Sergio Camargo, prestou queixa na polícia na quarta-feira (3), no Distrito Federal. A Mãe Baiana de Oyá foi insultada e chamada de “filha da puta”, “macumbeira” e “miserável”. Camargo foi denunciado por injúria racial, discriminação racial e discriminação religiosa.

Em entrevista ao portal G1, a Mãe Baiana de Oyá afirmou que a situação “foi um choque”, já que ela trabalhou dentro da fundação. A vítima dos insultos é Coordenadora de Políticas de Promoção e Proteção da Diversidade Religiosa da Secretaria de Justiça do DF.

A ocorrência foi registrada na Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por Orientação Sexual ou contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência (Decrin). De acordo com a Polícia Civil, a investigação será encaminhada para a Polícia Federal, já que envolve o presidente de uma entidade do governo federal.

No áudio, Camargo não apenas insultou a mãe de santo, como também afirmou que o movimento negro era uma “escória maldita” e afirmou que Zumbi dos Palmares, que dá nome à fundação, era um “filho da puta”. O Dia da Consciência Negra também foi banalizado e uma série de ameaças foram feitas a esquerdistas.

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