O presidente Jair Bolsonaro (PSL) passou a receber alimentação diretamente nas veias após apresentar dificuldades para eliminar gases de seu intestino. De acordo com a equipe médica do hospital Vila Nova Star, onde o presidente se recupera de uma cirurgia para corrigir uma hérnia incisional, também foi introduzida uma sonda nasogástrica para retirar o excesso de ar.

“Fizemos um raio-x do abdômen e ele apresentou distensão do estômago e do intestino grosso, que estava cheio de ar”, disse o cirurgião Antônio Macedo. Ele explica que o presidente não tem quadro infeccioso e que a “paralisação” do intestino, conhecido como íleo paralítico, é normal em cirurgias de grande porte. “Em cirurgias como essa, você é obrigado a manipular o intestino. A resposta natural do intestino a qualquer agressão é a paralisia”, explicou.

Segundo o médico, a sonda não foi introduzida nos dois primeiros dias por ser considerado um procedimento agressivo. Não há previsão para retirar a sonda nasogástrica nem para que o presidente volte a se alimentar por via oral. Segundo Macedo, os exames laboratoriais de Bolsonaro estão estáveis. “As partes de circulação e de cardiologia estão ótimas”, disse.

“Quando o intestino é aberto, chega uma hora em que ele engole muito ar e não consegue soltar. Aí você consegue tirar o ar pela sonda”, disse o médico. De acordo com Macedo, Bolsonaro apresentou o mesmo quadro em cirurgias anteriores, em 12 de setembro de 2018 e em 28 de janeiro de 2019. Ele disse ainda que hoje o presidente já evacuou e eliminou gases, “o que é um bom sinal”.

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