O estado baiano tem uma nota média padronizada de 4,01, ocupando o pódio negativo ao lado do Maranhão e do Rio de Janeiro, que possuem notas de 4,03 e 4,10, respectivamente. Esses índices correspondem à nota do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), que é um conjunto de avaliações externas em larga escala. Ele permite que o Inep realize um diagnóstico da educação básica brasileira.
Presidente executiva do Movimento Todos pela Educação, Priscila Cruz disse que o governo estadual precisa adotar “urgentemente” medidas para resolver a situação. “A Bahia tem muita gente talentosa, muita gente boa, é um estado maravilhoso, mas tem falhado no campo da aprendizagem”, declarou ela, em entrevista ao CORREIO.
Na mesma linha, o professor doutor da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia (Faced-Ufba), Roberto Sidnei Macedo, afirmou que há uma necessidade de criação de uma política específica para melhorar os índices na aprendizagem de português e matemática. “Não estamos criando condições em duas áreas fundamentais para termos crianças bem alfabetizadas e bem preparadas no que concerne ao componente escolar. A sociedade inteira sabe o quanto é fundamental uma boa formação em português e matemática para que as crianças possam estar em condições de se desenvolver em termos de sua cognição, capacidade de expressão, leitura e representação pela escrita”, avaliou.
As notas de desempenho dos estudantes brasileiros apuradas pelo Saeb compõem o Ideb, associadas com as taxas de aprovação, reprovação e abandono escolar. Segundo o indicador, o Ensino Médio da Bahia alcançou nota 3,7, abaixo da meta estabelecida pelo MEC em 2021, que era de 4,5. Nos anos finais (6° ao 9°) do Ensino Fundamental, o estado registrou 4,2 pontos.