O deputado federal Túlio Gadelha (PDT-PE) pediu que o MPF (Ministério Público Federal) investigue a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, por improbidade administrativa. Na representação, Gadelha aponta que a ministra aproveitou o uso de um voo da FAB (Força Aérea Brasileira) para dar “carona” a sete parentes da primeira-dama Michelle Bolsonaro.

“E ainda tem quem acredite naquele ‘acabou a mamata’ de Bolsonaro”, ironizou Gadêlha.

Segundo o jornal “O Globo”, o pedido do voo da FAB foi realizado por Damares sob a justificativa de participação em um evento do programa social Pátria Voluntária, gerido por Michelle Bolsonaro. A primeira-dama estava dentro do avião no dia da viagem.

Um decreto publicado em 5 de março de 2020 dispõe acerca da comitiva de voos do Comando da Aeronáutica: “A comitiva que acompanha a autoridade na aeronave do Comando da Aeronáutica terá estrita ligação com a agenda a ser cumprida, exceto nos casos de emergência médica ou de segurança”.

Em janeiro de 2020, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chamou José Vicente Santini, então secretário-executivo da Casa Civil, de “imoral” por usar, sem autorização, um avião da FAB para ir até à Índia.

Na noite da viagem, Michelle e Damares estiveram na comemoração do aniversário de 30 anos do maquiador e amigo de ambas, Agustin Fernandez, em Moema, bairro nobre da capital paulista. A festa tinha um bolo preto e dourado de quatro andares, mesa recheada de doces, lembrancinhas, flores e até uma cabine de fotos. Agustin publicou fotos acompanhado de Michelle e da ministra. O ministro do Turismo, Gilson Machado, e sua esposa, Sarita Pessoa, também estiveram no evento.

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