O superintendente da Controladoria Geral da União, na Bahia, Ronaldo Machado e o delegado da Policia Federal, Adriano Moreira, afirmaram durante coletiva, nesta terça-feira, 13, que existem vínculos familiares de membro das empresas contratadas por dispensa de licitação por parte da prefeitura de Juazeiro-Ba, com o ex-prefeito Paulo Bomfim.

De acordo com o presidente da CGU, além das suspeitas que as empresas participantes do levantamento de valores, tinham vínculos familiares entre si, estas empresas contratadas também não teriam mostrado capacidade de operação que o acordo ou histórico de venda do que era oferecido fosse cumprido. A constatação é fruto da operação Carga Viral, deflagrada na manhã desta terça-feira, 13, que investiga supostas fraudes na compra de insumos destinados ao enfrentamento da atual pandemia.

Oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos, sendo seis em Juazeiro-BA, 1 em Petrolina-PE e outro em Lauro de Freitas-BA. Durante a ação não tiveram pedidos de prisão ou quaisquer apreensão de valores.

Esta apuração foi feita no período entre abril e julho de 2020, na gestão de Paulo Bonfim e vai ser útil para a verificação do material, qual vai ajudar a constatar se existem indícios de conluio entre os envolvidos para que se viabilizassem as ilegalidades.

Também ainda não existem indícios de que os crimes suspeitos tenham sido comentidos também na administração atual, eleita em 2020. A CGU constatou também, que no ano passado, cinco contratos suspeitos foram firmados pela gestão de Juazeiro, por dispensa de licitação.

Testes rápidos para identificação do Sars-Cov-2, bem como equipamentos de proteção individuais (EPI’s) teriam sido negociados com preços acima do estipulado no mercado.

Entre os servidores investigados uma parte ainda atua na prefeitura de Juazeiro, e são lotados na Secretaria Municipal de Saúde, justamente no setor de licitações. Os nomes não foram divulgados na coletiva.

Pelo menos 12 mil testes rápidos foram comprados pela gestão de Juazeiro, à época, por apenas R$ 180. Cada teste teria sido comprado pela empresa por R$55. De acordo com o presidente da CGU, esse mesmo teste foi adquirido por outras prefeituras da Bahia por, em média R$ 115 reais.

No total são mais de R$ 4 milhões em contratos firmados com indícios de fraude. Pelo menos R$ 1,3 milhões teriam sido superfaturados.

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