O Sindicato dos Professores no Estado da Bahia (Sinpro-BA), que representa os professores das escolas particulares, realizará mais uma reunião nesta segunda-feira (24) para decidir se entram em greve ou não. Essa é a segunda vez que os professores dão indicativo de greve.

Segundo a diretora da associação, Cristina Souto, a greve é uma “tentativa de salvar os colegas que foram assediados para retornar às escolas”. Segundo ela, a confirmação de casos de Covid-19 em alguns colégios, como o Anchieta, só reforçam a decisão, já tomada anteriormente, de que os professores devem continuar apenas o trabalho remoto.

“A greve significa a suspensão do contrato de trabalho. Então, se a greve for contemplada, nós nao vamos fazer o trabalho remoto. Esse dado de aumento de casos interfere bastante na certeza de que não podemos voltar para as salas, continuar fazendo nosso trabalho remoto. A opção pela greve é mais uma tentativa de salvar os colegas que foram assediados e obrigados a ir para a sala de aula”, afirma.

Na primeira vez em que a categoria deu indicativo de greve, a assembleia avaliou que não era ainda o momento de suspender completamente o trabalho. Na época, houve um crescimento dos casos de coronavírus em Salvador, e os profissionais esperavam um recuo natural da prefeitura. “Mas nós superamos os 80% da ocupação de leitos e ainda assim não houve recuo no que diz respeito a abertura das escolas. Então, com esse dado novo, pode ser que a categoria apareça na assembleia muito mais disposta a radicalizar”, conclui Cristina.

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