A Defensoria Pública da União (DPU) em Salvador apura uma denúncia de racismo feita por um cliente que diz ter sido chamado de “macaco” por seguranças em uma agência da Caixa Econômica Federal (CEF) em Itinga, Lauro de Freitas.

Ele ainda teria sido ofendido pelos seguranças com expressões como “isso é coisa de negro”. 

De acordo com nota da DPU, o órgão oficiou a CEF pedindo imagens para averiguar o caso. O cliente, identificado com as iniciais I.A.L.F, de 39 anos, foi até a Defensoria Pública da União buscar assistência jurídica.

Ele diz que sofreu preconceito racial ao tentar pagar um boleto na agência, no dia 9 de dezembro. O denunciante afirma que foi impedido de entrar no local, foi recebido com ofensas verbais e saiu da agência sem conseguir realizar as operações bancárias.

O cliente conta que atendeu, mais de uma vez, todos os pedidos feitos pelos seguranças durante o ocorrido, como abrir a mochila e mostrar os itens que carregava. Ainda assim, relata que a sua entrada pela porta giratória da agência foi impedida diversas vezes. 

Após deixar a agência sem conseguir realizar o pagamento, sob a justificativa de que não havia senha, o cliente registrou boletim de ocorrência, acompanhado de uma testemunha da situação. 

Dias depois, o denunciante ainda compareceu ao Centro de Referência de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa Nelson Mandela (CRNM), onde também registrou a situação e cobrou providências.

Outro caso

Em fevereiro de 2019, circulou na internet um vídeo em que o empresário Crispim Terral sofre discriminação racial, praticada pelo gerente da agência da Caixa localizada na Avenida Sete de Setembro, centro de Salvador.  O funcionário foi afastado e denunciado pelo Ministério Público.

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