Em delação premiada para a Operação Lava Jato, o operador financeiro Adir Assad disse que lavou milhões de reais para o Grupo Silvio Santos, que controla o SBT. O crime teria se dado por meio de contratos fraudulentos com empresas do ramo esportivo.PUBLICIDADE

Depoimento do operador foram discutidos pelos procuradores da força-tarefa, por meio do aplicativo Telegram. O site The Intercept teve acesso ao conteúdo das conversas e divulgou as mensagens, que foram analisadas pelo jornal Folha de São Paulo.

Assad não menciona o apresentador Silvio Santos, mas sim o seu sobrinho, Daniel Abravanel, e o uso da empresa Tele Sena. O operador diz ter firmado contratos superfaturados de patrocínio entre suas empresas e pilotos da Fórmula Indy e da categoria Indy Lights, no final da década de 1990. Ele estima ter movimentado R$ 10 milhões no período.

Na metade dos anos 2000, Assad diz ter feito contratos de imagem e de patrocínio na Fórmula Truck e que os pilotos recebem uma pequena parte dos valores contratados e devolvia ao SBT o restante do dinheiro. A Liderança Capitalização, empresa responsável pela Tele Sena, pagou ao menos R$ 19 milhões para uma das firmas do operador, a Rock Star, de 2006 a 2011, diz documento elaborado na delação.

Em resposta À Folha de São Paulo, o Grupo Silvio Santos e o SBT informaram que não tem conhecimento do teor da delação e que não poderiam se manifestar a respeito.

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