O Facebook admitiu, nesta terça-feira (13), que pagou profissionais para transcrevem os áudios enviados pelos usuários de seus serviços. Segundo a agência de notícias Bloomberg os contratados escutavam todo o tipo de conversa, mesmo sem informações sobre como os áudios foram obtidos e onde foram gravados. Após polêmicas envolvendo Siri e Alexa, assistentes virtuais do iPhone e do Amazon Echo, o programa teria parado.
O Facebook, porém, alegou que os usuários que tiveram suas conversas invadidas foram, unicamente, aqueles que optaram, no aplicativo Messenger, por terem seus áudios transcritos. Por isso, o objetivo seria certificar que o software era capaz de interpretar de forma correta as palavras. Apesar disso, o porta-voz garantiu o anonimato dos usuários.
Porém, após as polêmicas envolvendo a Amazon e a Apple, o Facebook parou com o programa. Vale lembrar que, em 2018, Zuckerberg teve que prestar depoimento sobre denúncias de que a empresa era capaz de escutar as conversas dos usuários por meio do microfone do celular e usar as informações para facilitar a distribuição de anúncios. Ele negou as acusações e alegou que, para acessar este tipo de conteúdo, era necessário que o usuários dessem permissão ao aplicativo.