A Polícia Federal (PF) está investigando indícios de sabotagem de serviços prestados e sistemas internos do Ministério da Educação. O ministro Abraham Weintraub anunciou hoje (8), em entrevista coletiva, que a pasta tem sofrido ataques cibernéticos há algumas semanas e que isso tem prejudicado alguns produtos oferecidos pelo portal na Internet
“Não estamos acusando ninguém, mas há indícios fortes de sabotagem que nos levaram a acionar a Polícia Federal. Não é nosso papel investigar”, explicou Weintraub. Segundo ele, a população não será prejudicada pelos ataques. “Qualquer serviço que for suspenso terá prazo ampliado”, assegurou.
O MEC, no entanto, não disse quais seriam esses indícios e nem apresentou provas das supostas sabotagens. “É claro que não posso falar [quais são os indícios]”, afirmou o secretário-executivo do MEC, Antonio Vogel. “A gente só está vindo a público porque são sistemas públicos e temos que prestar esclarecimentos à sociedade”.
Sistemas do ProUni e Fies estão tendo instabilidade pelo menos desde a semana passada e ficaram fora do ar por alguns períodos. O ministério não descarta alterações em prazos para estudantes, uma vez que os funcionamentos ainda não foram totalmente estabilizados, mas não anunciou nada por enquanto.
As inscrições para bolsas remanescentes do ProUni estão abertas até o dia 30 de setembro. Para quem ainda não estiver matriculado em uma instituição de ensino, o prazo atual termina dia 16 de agosto.
A ideia é que haja prorrogação de prazo em período igual à indisponibilidade, caso o governo apure a necessidade.
De acordo com a equipe da pasta, técnicos estão trabalhando para restabelecer todo o funcionamento o mais rapidamente, mas não há prazo para que os serviços estejam totalmente normalizados.