A cena que uma integrante do Quilombo Quingoma, em Lauro de Freitas, viu no último domingo (14), ela espera não repetir: o filho caído no chão, rodeado por quatro homens armados. “Ele tá bem abalado”, desabafou, sem querer se identificar.

O rapaz foi agredido com um soco no rosto, quando tentou entender o que acontecia na comunidade, após homens armados invadirem o local no domingo, reivindicando o direito à terra.

“Ele sempre fica aí na frente, interage. Agora ele tá lá dentro, abalado”, contou, tentando entender o motivo da violência contra o filho.

Foi registrado um Boletim de Ocorrência na 27 Delegacia de Lauro de Freitas, em Itinga. O Departamento de Polícia Técnica (DPT) realizou uma perícia no local, na manhã de segunda-feira (15).

“Mostre os documentos”

Quando chegou a seu lote no Quilombo de Quingoma, em Lauro de Freitas, no domingo, o carpinteiro Tiago Silva, de 37 anos, recebeu uma surpresa: a cerca que protegia a construção de sua casa estava no chão, derrubada por homens armados.

“A gente se esforça, aí, chega um meliante e derruba, deixando a gente no prejuízo”, desabafou, enquanto olhava o estrago causado pelos invasores.

Tiago conta que, desde a ocupação da área, em 2016, pessoas aparecem reivindicando o domínio da terra. Porém, nunca apresentam documentos que comprovem o direito

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