15% de todos os AVCs são causados por esse tipo de arritmia cardíaca

A recente inclusão do fechamento percutâneo do apêndice atrial esquerdo no Rol de Procedimentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) foi um dos temas centrais do último Congresso Brasileiro de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista. O procedimento representa uma nova esperança para pacientes com fibrilação atrial não-valvar que não podem usar anticoagulantes orais ou não respondem adequadamente a esses medicamentos. A fibrilação atrial, que afeta cerca de 5,4% da população acima de 65 anos, é responsável por 15% de todos os AVCs e até 30% dos casos em pacientes com mais de 80 anos.

 

Segundo o cardiologista intervencionista Sérgio Câmara, “é muito importante que os planos de saúde garantam a cobertura deste procedimento, uma vez que a alternativa pode reduzir significativamente a morbimortalidade desses pacientes”. A técnica de fechamento percutâneo do apêndice atrial esquerdo é realizada por meio de um cateter e tem demonstrado eficácia semelhante à dos anticoagulantes na prevenção de AVCs, além de ser mais segura, especialmente para idosos com alto risco de sangramento. “Este procedimento é uma solução viável para aqueles que não toleram anticoagulantes ou que já sofreram episódios de sangramento”, explicou o especialista.

 

A fibrilação atrial pode levar à formação de coágulos no apêndice atrial esquerdo, que, ao se deslocarem, podem causar um AVC. O fechamento percutâneo isola o apêndice atrial, prevenindo a formação e migração desses coágulos para o cérebro. Estudos indicam que 90% dos trombos relacionados à fibrilação atrial têm origem no apêndice atrial esquerdo, evidenciando a importância deste tratamento. Segundo a American Heart Association (AHA), pacientes submetidos ao procedimento apresentam uma redução significativa na incidência de AVCs em comparação com aqueles que dependem exclusivamente de anticoagulantes orais.

 

A inclusão do fechamento percutâneo no Rol da ANS não só proporciona uma opção de tratamento eficaz e segura, mas também melhora a qualidade de vida dos pacientes. “Este avanço na cardiologia intervencionista oferece mais segurança e eficácia no cuidado dos pacientes com fibrilação atrial”, finalizou Sérgio Câmara, especialista em Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, que atua nos hospitais da Rede D’or e no Hospital da Bahia/DASA, em Salvador.

 

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