Em janeiro de 2013, o então capitão Marcelo Lourenço Barbosa foi expulso da Polícia Militar após decisão do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio. Na ocasião, os desembargadores determinaram a exclusão do oficial por participação num furto de caixa eletrônico em 2004. Quatro anos depois, Lourenço foi reintegrado à corporação por outra decisão judicial. O oficial — promovido a major em maio — é o novo subcomandante do batalhão de São Gonçalo, o 7º BPM, unidade com maior efetivo da Região Metropolitana do Rio.
A participação do oficial no crime foi denunciada, a oficiais da Corregedoria da PM, por um colega de farda. Um tenente lotado à época no 2º BPM (Botafogo), em depoimento a oficiais do Conselho de Justificação, disse ter sido procurado pelo então capitão dentro do batalhão antes do furto.
Segundo o relato, na ocasião, ele o teria instigado “a participar do furto que ocorreria naquela madrugada e área”. Ainda de acordo com o tenente, Lourenço teria proposto que, se ele não quisesse participar da “escolta da rés furtiva, ao menos deveria ser afastado o policiamento previsto para o local para facilitar o proveito do crime”.
Naquela madrugada, Lourenço, que era lotado no 31º BPM (Barra da Tijuca) estava de plantão numa ocupação na Rocinha, na Zona Sul. Segundo a conclusão do processo administrativo aberto contra o oficial, Lourenço trocou de motorista e de viatura sem o conhecimento de seus superiores e passou a utilizar um carro da PM sem GPS, dirigido por um policial de sua confiança, o ex-cabo Gil de Almeida Junior, expulso da corporação após o caso. Durante a madrugada, eles trafegaram 186 quilômetros.
É malandro, agora, o então tenente que o denunciou que se cuide, caso ainda esteja nas fileiras da PMERJ…